7 de outubro de 2010

b25#12


Não cabe aqui refutar a frase-título que abre este magnífico volume. Caberá sim situar o leitor perante uma obra que contraria a habitual tendência B25 para a escatologia erótica tangencialmente esquizofreniforme. Este hoje é só porrada: se Dashiell Hammett por pura traquinice procurasse imitar o melhor estilo Ian Fleming e se o fizesse numa apressada sala de espera de aeroporto creio produziria texto afim a este que agora vos apresento. O tradutor seria, bem entendido, Ross Pynn, pela madrugada, ao chegar a casa. Para desenhar convocariam algum excelso cultor da escola inglesa, na linha do saudoso Jim Holdaway, em versão toca-a-despachar e mantendo Chester Gould por perto para consulta. E zás, livra-se o mundo de mais uma guerra (fico com a impressão difusa que seria contra uns tais Malários, por certo habitando a longínqua Malária), e ganham os meus prezados leitores, para seu divertimento e recreação, umas belas páginas com todo o esplendor da Banda Desenhada de aventuras, passíveis até de engrossar alegre conversa em chá vespertino com as tias.



Mortos não falam
:
colecção Serviços Secretos nº3 / s.d./64 pags/Autor desc/Editor: Edições Novas. Lda